quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Sepe/RJ inicia Campanha Salarial unificada de 2014 com atos públicos em 24 de fevereiro. Núcleo Presente


Na segunda-feira, 24 de fevereiro, o Sepe/RJ realizou ato público em frente à prefeitura do Rio de Janeiro, dando início à Campanha Salarial unificada (redes municipais e estadual do Rio de Janeiro) de 2014.



Atendendo ao chamado do sindicato, os profissionais da educação compareceram ao Centro Administrativo São Sebastião (Cidade Nova), na parte da manhã, para cobrar do prefeito Eduardo Paes e da Secretária de Educação Cláudia Costin uma audiência e para atender às reivindicações da categoria.



Lá não estavam apenas profissionais e diretores do Sepe. Um forte aparato policial – antecipando o que virá nos megaeventos – dava “segurança pública” ao local da manifestação.



Mais uma vez, a prefeitura do Rio de Janeiro dá às costas à categoria, sem diálogo sobre os graves problemas da rede municipal de ensino. A rede municipal do Rio de Janeiro, que deu uma histórica lição de luta em 2013, se prepara para novo enfrentamento no ano em curso.



Já a rede estadual agregou-se à rede municipal em ato unificado, com concentração na parte da tarde na Candelária. Uma passeata pela Av. Rio Branco chegou à Cinelândia, onde ocorreu a Aula Pública, encerrando as atividades deste dia de luta.


Aí, também, um grande contingente de policiais militares, fortemente armados, “aguardavam” os manifestantes dando “boas-vindas”. Contudo, o ato se transcorreu sem maiores incidentes, pacificamente.


O governo Sérgio Cabral e o Secretário de Educação Wilson Risolia, cujos mandatos de aproximam do fim, praticaram a política da terra arrasada na educação e em outras áreas, aprofundando a crise dos serviços no estado. É mais do que a hora da categoria dar “um passa fora” nesses dois inimigos da educação pública.


Para as demais redes de ensino, fica assinalado o início das mobilizações com vistas à defesa da educação pública de qualidade e dos direitos dos profissionais da educação.


Em 2014, vem para a luta você também!

Diretoria do Sepe Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu


Sepe - Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu
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A carícia essencial que resgata nossa humanidade

 


Por Leonardo Boff

A carícia constitui uma das expressões supremas da ternura sobre a qual dicorremos no artigo anterior. Por que dizemos carícia essencial? Porque queremos distingui-la da carícia como pura moção psicológica, em função de uma bemquerença fugaz e sem história . A carícia-moção não envolve o todo da pessoa. A carícia é essencial quando se transforma numa atitude, num modo-de-ser que qualifica a pessoa em sua totalidade,  na psiqué,  no pensamento, na vontade, na interioridade, nas relações.

O órgão da carícia é, fundamentalmente, a mão: a mão que toca, a mão que afaga, a mão que estabelece relação, a mão que acalenta, a mão que traz quietude. Mas a mão é mais que a mão. É a pessoa inteira que através da mão e na mão revela um modo-de-ser carinhoso. A carícia toca o profundo do ser humano, lá onde se situa seu Centro pessoal. Para que a carícia seja verdadeiramente essencial precisamos cultivar o Eu profundo, aquela busca do mais íntimo e verdadeiro em nós e não apenas o ego superficial da consciência sempre cheia de preocupações.

A carícia que emerge do Centro confere repouso, integração e confiança. Daí o sentido do afago. Ao acariciar a criança a mãe lhe comunica a experiência mais orientadora que existe: a confiança fundamental na bondade da vida; a confiança  de que, no fundo, apesar das tantas distorções, tudo tem sentido; a confiança de que a paz  e não o pesadelo é a realidade mais verdadeira; a  confiança na acolhida  no grande Útero.

Assim como a ternura, a carícia exige total altruismo, respeito pelo outro e renúncia a qualquer outra intenção que não seja a  da experiência de querer bem   e de amar. Não é um roçar de peles, mas um investimento de carinho e de amor através da mão e da pele, pele que é o nosso eu concreto .

O afeto não existe sem a carícia, a ternura e o cuidado. Assim como a estrela precisa de uma aura para brilhar, da mesma forma o afeto necessita da carícia  para sobreviver. É a carícia da pele, do cabelo, das mãos, do rosto, dos ombros, da intimidade sexual que confere concretude ao afeto e ao amor. É a qualidade da carícia que impede o afeto de ser mentiroso, falso ou dúbio. A carícia essencial é leve como um entreabrir suave da porta. Jamais há carícia na violência de arrombar portas e janelas, quer dizer, na invasão da intimidade da pessoa.

Disse com precisão o psiquiatra colombiano Luis Carlos Restrepo que escreveu um belo livro sobre “O direito à ternura”(Vozes 1998): ”A mão, órgão humano por excelência, serve tanto para acariciar como para agarrar. Mão que agarra  e mão que acaricia são duas facetas extremas das possibilidades de encontro inter-humano”

Numa reflexão cultural mais ampla, a mão que agarra corporifica o modo-de-ser dos últimos quatro séculos, da assim chamada modernidade. O eixo articulador do paradigma moderno é a vontade de agarrar tudo para possuir e dominar. Todo o Continente latinoameriano foi agarrado e praticamente dizimado pela invasão militar e religiosa dos ibéricos. E veio a Africa, a China, todo o mundo que se pôde agarrar, até a Lua.

Os modenros agarraram dominando a natureza, explorando seus bens e serviços sem qualquer consideração de respeito de seus limites e sem dar-lhe tempo de repouso para poder se reproduzir. Hoje colhemos os frutos envenenados desta prática sem qualquer cuidado e ausente de todo sentimento de carícia para com o que vive e é vulnerável.

Agarrar é expressão do poder sobre, da manipulação, do enquadramento do outro ou das coisas ao meu modo-de-ser. Se bem repararmos, não ocorreu uma mundialização, respeitando as culturas em sua rica diversidade. O que ocorreu foi a ocidentalização do mundo. E na sua forma mas pedestre: uma hamburguerização do estilo de vida norteamericano imposto a todos os quadrantes do planeta.

A mão que acaricia representa a alternativa necessária: o modo-de-ser-cuidado, pois “a carícia é uma mão revestida de paciência que toca sem ferir e solta para permitir a mobilidade do ser com quem entramos em contacto”(Restrepo).     

É urgente nos dias de hoje resgatar nos seres humanos, a dimensão da carícia essencial. Ela está dentro de todos nós, embora encoberta por grossa camada de cinza de materialismo, de consumismo e de futilidades. A carícia essencial nos devolve a nossa humanidade perdida. Em seu sentido melhor reforça também o preceito ético mais universal: tratar humanamente cada ser humano, quer dizer, com compreensão, com acolhida, com cuidado e com a carícia essencial.



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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Campanha de Enfrentamento à Violência, ao Abuso e à Exploração Sexual contra criança e o adolescente de Rio das Ostras no Carnaval 2014



Em consonância com o governo federal O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescentes de Rio das Ostras conjuntamente com a Prefeitura Municipal de Rio das Ostras, através da Secretaria de Bem Estar Social. 

CONVIDA 

Para a sua intervenção social e divulgação da Campanha de carnaval de Enfrentamento à Violência, ao Abuso e à Exploração Sexual contra a criança e o adolescente de Rio das Ostras.

Em seu segundo ano, realizaremos uma caminhada até a Praça José Pereira Câmara e distribuiremos materiais da campanha nos sinais de Trânsito em Rio das Ostras contra o Abuso e a violência sexual no Carnaval!!! Eu Ouço, eu Vejo, EU DENUNCIO!! 

Convidamos a todos e a todas para a nossa atividade de Enfrentamento à Violência, ao Abuso e à Exploração Sexual contra a criança e o adolescente de Rio das Ostras, que se  realizará no próximo dia 01º de março (sábado), das 9 às 12 horas, concentração na praça da antiga Telemar no bairro Extensão do Bosque, situada na Rodovia  Amaral Peixoto, Rio das Ostras.

Guilhermina Rocha
Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Rio das Ostras
Gestão: 2012-2014


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Um fermento na democratização do Brasil

 


Por Cândido Grzybowski

O MST tem muitas razões para celebrar os seus 30 anos. Primeiro, é um grande feito histórico e político a sua autoconstrução como movimento social, como sujeito coletivo, tendo por base uma grande fração de trabalhadores rurais composta por grupos sociais heterogêneos, mas tendo em comum a marca da exclusão, da insegurança econômica, da desestruturação sociocultural e da dominação imposta por séculos de domínio dos senhores donos de terra e gente, do Sul ao Norte do Brasil. Ainda temos muitos assim, sem eira nem beira, migrando de um canto ao outro em busca de algum trabalho e renda, fora da cidadania elementar, condenados a viver como lumpesinato, nas terras degradadas, nas periferias das grandes propriedades e das cidades do interior. Devemos ao MST a transformação politicocultural de importante contingente dessa massa submissa, dependente do favor dos poderosos e seus mandantes, – tão presente até hoje no nosso ambiente rural do agronegócio modernizado – em gente com identidade social, "sem terra” mas visível, que se orgulha de si mesmo, confiante em sua própria cidadania e titularidade de direitos, coletivo que acredita ser possível mudar. Isto, em si mesmo, é uma marca, uma conquista a comemorar.

Tão importante quanto a primeira razão, e a ela diretamente ligada, cabe destacar a relação entre MST e democracia no Brasil. Desde o início, até antes de virar o MST, tendo o Coronel Curió e outros truculentos no encalço lá em Encruzilhada Natalino, Rio Grande do Sul, e todo Oeste de Santa Catarina e Paraná, o nascente movimento torna-se parte do caldeirão social e político que leva ao fim da ditadura militar e nos permite conquistar a democracia. Mas mais do que isto, coube ao MST em particular radicalizar a democracia, trazendo ao debate público e ao processo de democratização a questão fundamental da tensão entre direito legítimo e direito legal. Não foi e não é a legalidade em si que move o MST, mas é a legitimidade da condição de cidadania, entendida como direito igual de todas e todos. Sua luta é por direitos legítimos de cidadania que não são reconhecidos, devido aos privilégios de classe que impregnam nossas leis, os tribunais, o Estado. A lei de terras, certidão de nascimento da sociedade excludente e desigual que somos até hoje, é para os donos de gado e gente, nunca foi para a cidadania. O que o MST sempre afirmou e praticou é que em nome de direitos de cidadania e contra privilégios, mesmo legais, é legítimo ocupar terras. Nisto reside o caráter de fermento do MST na democratização. Ele inspira outros grupos excluídos a se organizar e lutar por seus legítimos direitos, com insubordinação e desobediência civil, se necessário for. Neste aspecto fundamental para uma sociedade patrimonial como a brasileira, o MST merece celebrar mudanças que vem operando na cultura política democrática do país.

O MST é imediatamente associado à Reforma Agrária. Fazendo um balanço dos 30 anos, sem dúvida o movimento vai lembrar muitas conquistas, outras tantas derrotas, com tragédias inclusive.

Vai lamentar até o impasse em que nos encontramos hoje, num governo de origem democrática e popular, mas…dependente do agronegócio, de exportações primárias e da Bancada Ruralista. Erros políticos? Sim, ocorreram erros e são parte do processo de qualquer movimento. O importante seria que o próprio movimento prestasse contas à sociedade sobre seus aprendizados com os erros. Não vou lembrá-los aqui pois penso que, no seu todo e sobretudo pelas razões apontadas acima, o MST tem que celebrar seus feitos nesse seu aniversário de 30 anos. E, nós, organizações de cidadania ativa, devemos agradecer pelo que a própria existência do movimento provoca e obriga a mudar em termos de ideias, visões e possibilidades para a democracia. Por definição em lutas democráticas a gente nunca consegue tudo, mas continua a lutar para tornar possível o que parece impossível. O MST é exemplo desta tenacidade em busca do legítimo. Distante, difícil, quase impossível, mas de esperança e busca de direitos legítimos. Na sua legitimidade reside a inspiração e a força política para se tornar possível.

Mas qual é o legítimo, afinal? Não tenho dúvidas em responder que, do ponto de vista de cidadania e democracia, é legítimo radicalizar e querer transformar as estruturas da face agrária da sociedade brasileira. A luta do MST mostra que Reforma Agrária não é só desapropriar e distribuir terras por aí. Reforma Agrária é mudar estruturas agrárias e, mais do que isto, mudar a sociedade no modo como se relaciona, organiza e usa os recursos do território, um bem comum de todas e todos na sociedade. Claro que existe um confronto de paradigmas entre agronegócio e agroecologia, com impacto na soberania e segurança alimentar, no combate à fome e pobreza, no padrão de consumo e de saúde de toda a população. Existe o confronto entre, de um lado, as grandes explorações econômicas, com enorme concentração de terras e utilização de água, com máquinas, agrotóxicos, transgênicos, homogeneidade de cultivos e criações, com destruição da biodiversidade, voltada à produção de commodities e não necessariamente alimentos; e, de outro, a agricultura familiar, de pequena escala, com pouca terra, mas onde a terra em si não é tratada como negócio antes de mais nada, pois é meio de vida, estilo de vida familiar e comunitária, cultura alimentar e identidade social.

Mas existe um confronto maior de que a Reforma Agrária faz parte: a disputa de territórios, tanto no campo como nas cidades, entre capital e cidadania. Aqui a dimensão da luta do MST se soma às lutas de povos indígenas, de quilombolas, de ribeirinhos e pescadores, de extrativistas dos frutos da floresta, de posseiros, de comunidades expulsas por grandes obras, atingidos por barragens, mineração e exploração do petróleo (terra e mar), favelados ameaçados de remoção nas grandes cidades, populações das periferias atingidas por obras de infraestrutura ou grandes empreendimentos industriais, mesmo os atingidos pelas grandes obras para Copa e Olimpíadas. As disputas territoriais, de que faz parte a Reforma Agrária, estão no centro da grande questão para o avanço da democracia no Brasil hoje: como mudar de paradigma? Os territórios são para gente viver, em primeiro lugar, ou para o negócio, para acumulação privada? Para cidadãs e cidadãos que vivem e dependem do território local ou para capitais de fora, sem rosto, em busca de sua única e exclusiva valoração? Que modelo de sociedade, economia e poder queremos? Para promover justiça social, direitos de cidadania de todas e todos, participação democrática, sustentabilidade socioambiental, bem viver, enfim? Ou, o contrário, queremos continuar sendo terra de conquista, colonização e exploração, fazendo tudo para seremos uma potência capitalista emergente, território de especulação e negócio a serviço do cassino global que domina o mundo?

Obrigado, MST! Obrigado por ser um real sujeito coletivo que nos aponta toda esta agenda cidadã e nos fazer ver que precisamos acreditar ser possível mudar. Incluo-me entre os muitos democratas de diferentes costados, que não temem ser solidários com o movimento, mas também críticos, sempre que considerarmos não legítimos seus passos em alguma frente de luta.

* Cândido Grzybowski é sociólogo, diretor do Ibase




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Conversando com versos (47): "Contrição", de Manoel Bastos Tigre (1882-1957)


"Contrição"

"Lembrai-vos, meus irmãos, de que sois cinza e nada!"
 Assim começa o cura o seu velho sermão.
Colombina relembra a pândega passada,
traça uma cruz na testa e reza uma oração.

-  "Nunca mais! Nunca mais em samba e batucada
cairei!" - diz, num sincero ato de contrição -
"Foi traiçoeiro Satá que me armou a emboscada.
 Pequei, Senhor, pequei! Suplico-te perdão!"

Confessa-se, comunga, e o seu pecado espia.
Só pureza em sua alma, agora, se contém.
Colombina é, de novo, a Filha de Maria.

  Volta à casa, a pensar nas delícias do Além,
e, cuidadosa, vai guardar a fantasia,
que inda pode servir no Carnaval que vem..





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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Informe da Comissão Organizadora do XIV Congresso do SEPE/RJ, de 21 de fevereiro

Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 2014.
CIRC/SEPE/RJ/001/14.

Companheiras/os,

Encaminhamos, para fins de conhecimento, algumas orientações com o objetivo de esclarecer dúvidas, que por ventura surjam em relação à participação no XIV Congresso do SEPE.

Solicitamos que obsevem as orientações a seguir:

Assembleias específicas:

1.   Núcleos e Regionais devem enviar com antecedência mínima de 02 (duas) semanas, para a Comissão Organizadora (secretaria@seperj.org.br), a data da assembleia local, inclusive fora de rede e aposentados;
2.   Lembramos que, somente APOSENTADO VOTA na Assembleia Específica de APOSENTADO;
3.   Atenção à questão da assembleia “Fora de Rede”: Só vota comprovando ter vínculo com a profissão de professor. A comprovação pode se dá por: contracheque, diploma, carteirinha, etc.
4.   O Núcleo que abranger mais de um município deverá convocar assembleia específica PARA CADA MUNICÍPIO (Ex.: Núcleo Costa Litorânea – uma Assembleia Específica para Araruama e uma Assembleia Específica para Saquarema)

ATENÇÃO:
MESMO TENDO 2 (DUAS) MATRÍCULAS, O PROFISSIONAL VOTA SOMENTE UMA ÚNICA VEZ.
NAS ASSEMBLEIAS, NINGUÉM PODE VOTAR 2 (DUAS) VEZES. O VOTO É ÚNICO.

Atas:

1.   Envio das Atas: deverão ser entregues no SEPE/Central, até às 18 horas do dia 15/03/14 ou postadas, via SEDEX, com o carimbo do correio até o dia 15/03/14.
2.     Para uma maior agilização NA ENTREGA das atas: o RECIBO TEM QUE VIR JÁ PREENCHIDO JUNTO COM A ATA, um recibo para cada ata – este recibo será devolvido ao portador, como prova de entrega da ata.
3.     Não esquecer no preenchimento da ata específica, onde se lê “Escola”, identificar como “FORA DE REDE” ou “APOSENTADO”.

Outros:

1.     Durante o Congresso, os Grupos poderão trabalhar com resoluções – pequenos resumos de teses.
2.     Solicitamos a quem for interior (delegação), e optar por participar da festa de encerramento do Congresso, nos confirme a presença, para garantir o pernoite no hotel, pois a diária do hotel termina dia 29/03 às 12h.

Informamos que qualquer outra dúvida poderá ser nos enviada que será esclarecida junto à Comissão Organizadora.


Sem mais.

Atenciosamente,
  
Comissão Organizadora do XIV Congresso do SEPE


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Sepe Rio das Ostras e Casimiro de Abreu convoca para Assembleia Unificada da rede estadual e municipal de Casimiro de Abreu em 27de fevereiro


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Paralisação unificada do dia 24: redes estadual e municipal do Rio fizeram ato na prefeitura e passeata no Centro do Rio


Os profissionais das escolas estaduais e municipais do Rio fizeram paralisação unificada nesta segunda (dia 24/2) e realizaram um ato vigília pela manhã na porta da prefeitura para acompanhar a reunião do GT do 1/3 de planejamento e uma passeata na Avenida Rio Branco, da Candelária à Cinelândia, na parte da tarde. Ao final da passeata, na Cinelândia, a categoria promoveu uma aula pública na praça para denunciar à população as condições da educação pública no Rio de Janeiro, tanto no âmbito municipal como no estadual.

No dia 1º de abril está prevista a realização de uma nova passeata no Centro do Rio para marcar a passagem do 50º aniversário do golpe militar de 1964. Os profissionais vão protestar neste dia contra a repressão e a criminalização dos movimentos sociais e por melhores salários e condições de trabalho para a categoria.



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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Sepe divulga calendário de assembleias específicas para eleição de delegados(as) para o 14º Congresso do Sepe/RJ


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A ternura: a seiva da amor



Por Leonardo Boff

Mesmo no coração da atual crise social não podemos esquecer da ternura que subjaz a todos os empreendimentos que envolvem valores e afetam o coração humano.     

São misteriosos os caminhos que vão do coração de um homem na direção do coração da mulher e do coração da mulher na direção do coração homem. Igualmente misteriosas são as travessias do coração de dois homens e respectivamente de duas mulheres que se encontram e declaram seus mútuos afetos.  Desse ir e vir nasce o enamoramento, o amor e por fim o casamento   ou a união estável. Como temos a ver com liberdades, os parceiros se encontram inevitavelmente expostos a eventos imponderáveis.

A própria existência nunca é fixada uma vez por todas. Vive em permanente dialogação com o meio. Essa troca não deixa ninguém imune. Cada um vive exposto. Fidelidades mútuas são postas à prova. No matrimônio, passada a paixão, inicia a vida cotidiana com sua rotina cinzenta. Ocorrem desencontros na convivência a dois. irrompem paixões vulcânicas pelo fascínio de outra pessoa.  Não raro o êxtase é seguido de decepção. Há voltas, perdões, renovação de promessas e reconciliações. Sempre sobram, no entanto, feridas que, mesmo cicatrizadas, lembram que um dia sangraram.

O amor é uma chama viva que arde mas que pode bruxolear e lentamente se cobrir de cinzas e até se apagar. Não é que as pessoas se odeiam. Elas ficaram indiferentes umas às outras. É a morte do amor. O verso 11 do Cântico Espiritual do místico São João da Cruz, que são canções de amor entre a alma a Deus, diz com fina observação: “a doença de amor não se cura sem a presença e a figura”. Não basta o amor platônico, virtual ou à distância. O amor exige presença. Quer a figura concreta que é mais mais que o pele-a-pele mas o cara-a-cara e o coração sentindo o palpitar do coração do outro.

Bem diz o místico poeta: o amor é uma doença que, nas minhas palavras, só se cura com aqulo que eu chamaria de ternura essencial. A ternura é a seiva do amor. “Se quiseres guardar, fortalecer, dar sustentabilidade ao amor seja terno para com o teu companheiro oua tua companheira”. Sem o azeite da ternura não se alimenta a chama sagrada do amor. Ela se apaga.

Que é a ternura? De saida, descartemos as concepções psicologizantes e superficiais que identificam a ternura como mera emoção e excitação do sentimento face ao outro. A concentração só no sentimento gera o sentimentalismo. O sentimentalismo é um produto da subjetividade mal integrada. É o sujeito que se dobra sobre si mesmo e celebra as suas sensações que o outro provocou nele. Não sái de si mesmo.

Ao contrário, a ternura irrompe quando a pessoa se descentra de si mesma, sái  na direção do outro, sente o outro como outro, participa de sua existência, se deixa tocar pela sua história de vida. O outro marca o sujeito. Esse demora-se no outro não pelas sensações que lhe produz, mas por amor, pelo apreço de sua pessoa  e pela valorização de  sua vida e luta. “Eu te amo não porque és bela; és bela porque te amo”.

A ternura é o afeto que devotamos às pessoas nelas mesmas. É o cuidado sem obsessão. Ternura não é efeminação e renúncia de rigor. É um afeto que, à sua maneira, nos abre ao conhecimento do outro. O Papa Francisco no Rio falando aos bispos latinoamericanos presentes cobrou-lhes “a revolução da ternura” como condição para um encontro pastoral verdadeiro.

Na verdade só conhecemos bem quando nutrimos afeto e nos sentimos envolvidos com a pessoa com quem queremos estabelecer comunhão. A ternura pode e deve conviver com o extremo empenho por uma causa, como foi exemplarmente demonstrado pelo revolucionário absoluto Che Guevara (1928-1968). Dele guardamos a sentença inspiradora: ”hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás”. A ternura inclui a criatividade e a auto-realização da pessoa junto e através da pessoa amada. 

A relação de ternura não envolve angústia porque é livre de busca de vantagens e de dominação. O enternecimento é a força própria do coração, é o desejo profundo de compartir caminhos.  A angústia do outro é minha angústica, seu sucesso é meu sucesso e sua salvação ou perdição é minha salvação e minha perdição e, no fundo, não só minha mas de todos.

Blaise Pascal(1623-1662), filósofo e matemático francês do século XVII, introduziu uma distinção importante que nos ajuda a entender  a ternura: o esprit de finesse e o esprit de géometrie.

O esprit de finesse é o espírito de finura, de sensibilidade, de cuidado e de ternura. O espírito não só pensa e raciocina. Vai além porque acrescenta ao raciocínio sensibilidade, intuição e capacidade de sentir em profundidade. Do espírito de finura nasce o mundo das excelências, das grandes sonhos, dos valores e dos compromissos para os quais vale dispender energias e tempo.

O esprit de géometrie é o espírito calculatório e obreirista, interessado na eficácia e no poder. Mas onde há concentração de poder aí não há ternura nem amor. Por isso pessoas autoritárias são duras e sem ternura e, às vezes, sem piedade. Mas é o modo-de-ser que imperou na modernidade. Ela colocou num canto, sob muitas suspeitas, tudo o que tem a ver com o afeto e a ternura.

Daí se deriva também o vazio aterrador de nossa cultura “geométrica” com sua pletora de sensações mas sem experiências profundas; com um acúmulo fantástico de saber mas com parca sabedoria, com demasiado vigor da musculação, do sexualismo, dos artefatos de destruição mostrados nos serial killer mas sem ternura e cuidado de uns para com os outros,  para com a Terra, para com seus filhos e filhas, para com o futuro comum de todos.

O amor é a vida são frágeis. Sua força invencível vem da ternura com a qual os cercamos e sempre os alimentamos.



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