sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Ciência Livre: vale a pena um professor criar o seu blog



Por Ladislau Dowbor


É incrível sermos inundados por bobagens nos meios de comunicação sem que o peçamos, e que dificultemos o acesso a trabalhos científicos essenciais.

Na virada do milênio, decidi repensar os meus arquivos e as minhas publicações. Hoje posso fazer um balanço.  Como professor e pesquisador, na área de desenvolvimento econômico, social e ambiental, tenho naturalmente que trabalhar com inúmeras publicações dos mais diversos tipos, textos, estatísticas, relatórios internacionais, artigos pontuais, além da minha própria produção. Fortemente pressionado pelo meu filho Alexandre, que achava pré-históricas (já naquela época) as minhas pilhas de papéis, pastas e clips, dei uma guinada, passei para o digital. Agradeço hoje ao meu filho, que me ajudou a montar o meu primeiro site. Alguns já chamam este tipo de ajuda de filhoware.

Decidi fazer este pequeno balanço porque deve ajudar muita gente que se debate com a transição. Deixem-me dizer desde já que o resultado não foi uma migração simples para o digital, e sim uma articulação equilibrada do impresso e do digital, bem como de publicação tradicional com publicação online. Chamemos isto de arquitetura do trabalho intelectual.

O ponto de partida foi o meu blog, http://dowbor.org, hoje de ampla utilização nacional e internacional, se é que esta distinção ainda existe. O sucesso não se deve apenas ao interesse do que eu escrevo e à facilidade de acesso que o blog permite, mas ao fato que do lado do usuário – leitor, aluno ou colega professor – houve uma drástica mudança de comportamento: a cultura digital do livre acesso está se tornando dominante. De certa forma, estamos adequando a oferta à nova demanda e ao novo formato de uso que emerge.

Deixem-me lembrar a força da dinâmica: o MIT, principal centro de pesquisa dos EUA, criou o OpenCourseWare (OCW), gerando em poucos anos mais de 50 milhões de textos científicos baixados gratuitamente pelo mundo afora. Harvard aderiu ao movimento com o EdX, a China trabalha com o CORE (China Open Resources for Education), a Universidade da Califórnia entrou na corrente em 2013, a Inglaterra contratou Jimmy Wales, criador da Wikipedia, para gerar um sistema de acesso gratuito online a toda pesquisa e publicação que tenha participação de dinheiro público. E quando áreas de excelência do mundo científico abrem o caminho, é provável que se trate do futuro mainstream. No Brasil estamos dando os primeiros passos, com Recursos Educacionais Abertos (REA), de maneira ainda muito tímida.

Isto dito, eu que não sou nenhum MIT, constatei nestes anos de experiência prática do meu blog o seguinte, esperando que as informações sejam úteis:

1) A criação de um blog individual de professor representa um investimento extremamente pequeno, comparando com o benefício obtido, sobre tudo porque hoje temos estagiários blogueiros da nova geração que tiram isto de letra. Não custará muito mais do que uma bicicleta. A alimentação do blog, por sua vez, é igualmente simples, basta escrever alguns passos no papel e seguir. E se tiver filho é mais simples ainda.

2) Ter um blog não é um ônus em termos de tempo, pelo contrário. As pessoas imaginam ter de “alimentar” um blog, ou seja, comunicar o tempo todo. Um blog científico, na realidade, como o meu, é muito mais uma biblioteca de fácil acesso universal, do que uma “newsletter” que eu tenha de acompanhar e administrar.
Não faz muita diferença com uma estante na minha biblioteca, com a diferença que é muito mais fácil encontrar o meu texto com uma palavra chave no computador, do que localizá-lo na estante ou nas pilhas. E quem precisa de um texto pode pegá-lo no meu blog, não precisa me pedir o livro emprestado nem perder tempo dele e meu. Pegam o que precisam, e eu não deixo de ter o que pegam.

3) A produção científica e a divulgação deixam de constituir processos separados. O artigo ou o livro que o professor escreve, ou que recebeu e quer divulgar, é colocado no blog, e está no ar. Quem se interessar pode pegar. Recebi um e-mail de Timor Leste, onde falam português, pedindo para utilizar na formação de professores o meu texto Tecnologias do Conhecimento: os desafios da educação, editado pela Vozes. Autorizei e agradeci. Não precisei ir lá oferecer, nem empacotar livros. E eles encontraram simplesmente porque colocaram palavras chave na busca por internet. Cria-se um mundo científico colaborativo. Não me pagam nada, mas é útil, e tenho meu salário na PUC. Ponto importante, o livro vai para a 6ª edição pela editora, uma coisa não atrapalha a outra, a editora encontra o seu interesse também.

4) O essencial não está na gratuidade, mas na facilidade de acesso e na pesquisa inteligente. Procurar um artigo que saiu em alguma revista, e buscá-lo numa biblioteca, nesta era em que o tempo é o recurso escasso, francamente já não funciona. Mais importante ainda é a possibilidade de folhear em pouco tempo dezenas de estudos diferentes sobre um tema, através da pesquisa temática, cruzando enfoques de diversas disciplinas, autores e visões. Conhecer o estado da arte de um problema determinado, de maneira prática, ajuda muito na construção colaborativa do saber e na inovação em geral.

5) O blog torna-se também uma biblioteca de terceiros. Coloco no blog, em Artigos Recebidos, textos que me enviam e que me parecem particularmente bons, tanto para o meu uso futuro como para repassar a outras pessoas. Por exemplo, quando me fazem uma pergunta sobre energia, recomendo que peguem no meu site o artigo de Ignacy Sachs, disponível na íntegra, sobre A Revolução Energética do Século XXI. Forma-se assim uma biblioteca personalizada que irá facilitar imensamente consultas posteriores, ou recomendações de leitura para alunos.

6) Como professor, recebo frequentemente textos excelentes dos meus alunos. Conheço suficientemente a minha área para saber que se trata de um ótimo trabalho. Normalmente, ninguém leria o trabalho, pois o aluno não é conhecido. Eu coloco no blog, e envio um mailing para colegas e colaboradores, alertando para um bom texto que surgiu. Costumo receber agradecimentos do aluno, que viu o seu estudo solicitado por várias pessoas. Enterrar um bom trabalho numa biblioteca é uma coisa triste. De certa forma, utilizo assim o meu blog para “puxar” para a luz bons trabalhos de pessoas menos conhecidas.

7) Tudo isto está baseado no marco legal chamado Creative Commons, internacionalmente reconhecido, que me assegura proteção: as pessoas podem usar e divulgar, mas não utilizar para fins comerciais. Trata-se da plataforma jurídica da ciência colaborativa, instrumento que me protege ao impedir a apropriação comercial, a deturpação do texto ou o uso sem fonte, ao mesmo tempo que permite que o texto seja imediatamente acessível para fins didático-científicos ou recreativos. O Google-Scholar me permite inclusive acompanhar as citações que fazem dos meus trabalhos.

8) Um enriquecimento muito importante do processo, é que me permite utilizar texto, imagens e sons sem nenhum constrangimento em cada produção, associando ilustrações artísticas, fragmentos de um discurso ou animação gráfica sem nenhum constrangimento, pois do lado de quem lê haverá a mesma facilidade. A experiência criativa fica particularmente valorizada, considerando as dificuldades de tentar se reproduzir determinados gráficos, que podem ser simplesmente copiados para o texto em elaboração, ao mesmo tempo que se inclui o link do texto de origem, ajudando a divulgá-lo e facilitando verificações. A multimídia bem utilizada é muito útil.

9) Trata-se de uma ferramenta em que o universo educacional, em particular, tem muito a ganhar. Em vez do professor procurar em revistas das bancas de jornais artigos para discussão com alunos, pode pesquisar os textos online, e repassar para os alunos os links. Os alunos inclusive encontrarão diversos textos online sobre o tema, desenvolverão a sua capacidade de pesquisar no imenso acervo digital, trarão para a discussão enfoques diversificados. Cabe a nós assegurar que haja um rico acervo de textos científicos disponíveis online, alimentando de certa forma o conjunto do universo educacional. O professor será aqui um pouco menos um transmissor de conhecimento, e bastante mais um organizador que ajuda a entender o que é relevante e ensina a trabalhar com conhecimento organizado.

10) O processo não conflita com o sistema atual de avaliação de professores. Para quem não é da área acadêmica, informo que o fato de milhares de pessoas lerem os meus textos online não me dá créditos acadêmicos. A minha solução, é que publico sim em periódicos formalmente avaliados como “acadêmicos”, para ter os créditos que a CAPES me pede. Mas para ser lido, publico online. Uma coisa não impede a outra. Aliás, um artigo meu publicado pela universidade da Califórnia, por exemplo, e que não me pagaram, só pode ser acessado mediante pagamento de 25 dólares a cada 24 horas. Chamam isto de direitos autorais. Esperar ser lido nestas condições, francamente não é muito realista. A Elsevier cobra entre 35 e 50 dólares por artigo e por acesso. Já são mais de 15 mil cientistas americanos que boicotam as revistas ditas “indexadas”, e publicam em sites abertos, inclusive com open peer-review. Mas enquanto a CAPES não atualizar os seus critérios, precisamos utilizar o papel e o digital, um para pontos, outro para leitores.

11) Com pequenos conselhos de alunos e colegas, fui acrescentando ao blog os instrumentos mais evidentes de comunicação. No blog abri a possibilidade de qualquer pessoa se inscrever para receber meus e-mails sobre materiais científicos que me parecem relevantes. Tenho atualmente mais de três mil “colegas virtuais”, a quem envio de forma não invasiva uma notinha sobre novos textos que surgem e que estão disponíveis no meu site. Uma aluna me colocou no twitter, são cerca de 3,5 mil seguidores que recebem os textos meus ou os que recomendo. O Facebook é outro instrumento, permite fazer circular o material. Por tanto, a minha biblioteca virtual não só organiza os textos que utilizo, como se comunica facilmente com todos os interessados, mesmo que não me conheçam.

12) Uma virtude básica do processo que precisa ser entendida, é que os textos circulam não só porque alguém os coloca online, mas porque são interessantes. Não porque os donos da mídia os divulgam e recomendam, mas porque os usuários os acham bons. Quando me chega um bom texto, a primeira coisa que faço é repassar com comentários. Ou seja, o que passa a circular, é o que é realmente bom, o que corresponde ao que as pessoas necessitam como informação científica organizada. Ao olhar as estatísticas de acesso aos meus trabalhos, posso identificar o que realmente está sendo lido, e pelos comentários posso avaliar insuficiências ou correções necessárias. O texto passa a constituir um processo interativo de construção científica.

13) Finalmente, eu acho que da mesma forma que temos pela frente a democratização da mídia – e surgiram excelentes alternativas de informação inteligente como Carta Maior, Envolverde, Mercado Ético, IHU, Outras Palavras, Monde Diplomatique e tantos outros – precisamos também criar um movimento do tipo “ciência livre”, que tire os nossos textos do esquecimento das bibliotecas. O Instituto Paulo Freire, por exemplo, ao constatar que com a lei atual de Copyright só teremos acesso aberto aos textos do pedagogo a partir de 2050, colocou grande parte dos seus escritos online, com exceção de alguns trancados por contratos de direitos muito restritivos. É uma imensa contribuição. Mas acho que temos de fazer isto com todos os nossos grandes gurus, com os transformadores atuais da ciência, e com textos da nova geração que estão inovando. É incrível sermos inundados por bobagens nos meios de comunicação sem que o peçamos, e que dificultemos o acesso aos trabalhos científicos essenciais para o progresso educacional do país. Enterrar dissertações de mestrado e teses de doutorado em bibliotecas, elas que custaram anos de trabalho do professor e do pesquisador, é absurdo.

Permito-me aqui fazer uma recomendação para todos os professores. Organizem o seu blog, hoje um Wordpress é gratuito e muito jovem lhe ensinará o caminho. Temos de dar este passo, e criar um ambiente rico e colaborativo no nosso mundo científico-acadêmico. Francamente, acho que faz parte da vocação do professor e do pesquisador não só ensinar e inovar, com organizar de forma moderna a comunicação das ideias que possam enriquecer a nova geração e enriquecer-nos uns aos outros. E se quiserem se inspirar do meu blog como estrutura e divisões (apanhei um pouco no começo até montar um blog adequado para professor), fiquem à vontade, eventualmente posso até recomendar pessoas que possam ajudá-los. Vamos encher este país de ciência, de boa ciência, progressista, transformadora.

Quanto ao medo das pessoas de nos vermos invadidos por ciência irresponsável, descontrolada, francamente, são os mesmos medos que surgiram com o open access, com a Wikipédia, e outros. Os textos ruins ou irrelevantes simplesmente não circulam, e não serão lidos. Um professor comentando o sistema de peer-review publicou online a seguinte nota a respeito: “Eu conheço a minha área, não preciso que alguém me diga se um artigo é relevante ou não”.



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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

2013: um balanço negativo para os trabalhadores do campo



Por João Pedro Stedile

É de praxe aproveitarmos o período de final de ano para sempre fazermos os balanços  críticos das derrotas, conquistas e avanços nos diferentes setores de atividades de nossa sociedade.

Infelizmente, para os trabalhadores que vivem no campo o balanço de 2013 não é nada otimista. Resumidamente poderíamos alinhavar diversas derrotas que o movimento do capital nos impôs. 

O processo de concentração da propriedade da terra e da produção agrícola continua acelerado e os bens da natureza estão cada vez mais concentrados nas mãos de menos capitalistas.

Houve uma avalanche de capital estrangeiro e financeiro para controlar mais terras, mais água, mais usinas, mais agroindústrias e praticamente todo comércio exterior das commodities agrícolas. E alguns deles já estão comprando até o oxigênio de nossas florestas, nos famosos títulos de crédito de carbono, depois revendidos nas bolsas européias em troca da manutenção de sua poluição!

A Bancada ruralista, fiel escudeira dos interesses dos capitalistas - sejam latifundiários ou empresas transnacionais -, depois de nos impor no ano passado a derrota da revisão do código florestal, agora quer colocar as mãos nas terras indígenas e impedir a lei de punição aos que ainda praticam trabalho escravo. Além de quererem liberar as sementes transgênicas terminator, que replantadas, não germinam e estão proibidas em todo mundo.

No Governo Dilma a hegemonia dos interesses do agronegócio se consolida pela ação de diversos ministérios. Em ações contra os povos indígenas, seja liberando venenos agrícolas, que estão proibidos na maioria dos países; ou liberando polpudas verbas públicas, normatizando a transferência e aplicação de crédito da poupança nacional para o agronegócio.

Na última safra foram deslocados 140 bilhões de reais da poupança de todos brasileiros para que os fazendeiros produzissem commodities para exportação. Assim como estão tentando passar a  toque-de-caixa uma revisão no código de mineração para entregar de vez nossas riquezas do subsolo para as grandes empresas transnacionais.

E até mesmo o positivo programa do governo Lula, como o PAA (programa de compra antecipada de alimentos dos camponeses), agora está sob forte pressão dos gananciosos ruralistas, de olho na Conab.

A Reforma Agrária, entendida como medidas de desapropriação de latifúndios para democratizar a terra, está completamente paralisada. O governo Dilma desapropriou menos do que o último governo da ditadura militar, o general Figueiredo. E mais de 100 mil famílias esperam mofando, acampados nas beiras de estradas!

Tivemos o problema da seca do nordeste, que atingiu milhões de camponeses e matou de fome e sede ao redor de dez milhões de cabeças (bovino, caprino e ovino), enquanto as empresas americanas levaram 18 milhões de toneladas do nosso milho para virar etanol nos Estados Unidos.

Os projetos de perímetros irrigados do nordeste continuam servindo de fonte de lucro para grandes empreiteiras e entrega as áreas irrigadas apenas para empresários, em detrimento dos camponeses da mesma região.

Dos avanços ou pontos positivos, tivemos muito pouco. Conquistamos do governo um Plano Nacional de Agroecologia, que será um marco histórico. E avançamos com mais cursos superiores para jovens da Reforma Agrária, no Pronera, e em outros convênios com universidades. E conquistamos o programa mais médicos que levou assistência para milhares de brasileiros das regiões rurais, aonde nenhum médico da classe média brasileira quiz ir.

Mas talvez, o mais importante que tenha acontecido na luta de classes no campo durante o ano de 2013, é que aumentam as evidências das contradições do agronegócio, com suas agressões ao meio ambiente, com uso de agrotóxicos e com a manipulação dos preços dos alimentos.
E por outro lado, seguimos construindo uma ampla unidade entre todos os movimentos sociais do campo, para um programa de agricultura voltado para os interesses de todo povo.

E nas grandes cidades, os jovens foram nossa voz, em pedir por mudanças e por um país melhor. Certamente nos somaremos a eles em 2014, exigindo uma reforma política e uma constituinte soberana, já que os ouvidos das elites e dos três poderes seguem entupidos por sua estupidez.



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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Sepe/RJ convoca e disponibiliza transporte para assembleia unificada em 30 de novembro, no ISERJ, Tijuca



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Conversando com versos (32): "Crin d'oro crespo, e d'ambar tersa e pura...", de Pietro Bembo (1470-1547)



"Crin d'oro crespo, e d'ambar tersa e pura..."


Louro cabelo, de cor de âmbar pura,
que ao vento sobre a neve ondeia e voa,
olhos suaves, de Sol, de luz tão boa,
que faz dia sereno a noite escura;

riso que acalma toda pena dura;
pérolas e rubis, por onde soa
voz de paz, bem de amor, que na alma ecoa;
mão de marfim, que corações segura;

cantar mavioso, música divina;
 senso maduro na mais verde idade,
 encantos nunca vistos entre nós;

suma beleza e suma honestidade;
sois o alimento de meu fogo, há em vós
 graça que o Céu a bem poucas destina.



Tradução de Delson Tarlé


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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Rede estadual: Sepe foi à SEEDUC na sexta-feira (dia 22) para tratar da questão da reposição

No dia 22 de novembro, sexta feira, a direção do SEPE/RJ esteve na SEEDUC para tratar, entre outras questões, da reposição dos conteúdos, além de denunciar a atitude autoritária de algumas Metropolitanas e direções de escolas na imposição de calendários. Fomos informados pelas professoras responsáveis pelo Pedagógico da SEEDUC Patrícia Tinoco e Cláudia que a reposição deverá ser organizada pelos grevistas e comunidade escolar, respeitando-se a autonomia das escolas. O que é bem diferente da imposição por parte das direções.

 Foi reafirmado o que a direção do SEPE tem orientado, embora algumas Metropolitanas e direções não querem entender: a reposição deverá ser de conteúdos e horas. Horas necessárias para a reposição desses conteúdos, que será, é claro, replanejada pelos grevistas. Essas horas que os grevistas, em acordo com a comunidade escolar, acharem necessárias, poderão ser realizadas no contra turno, na extensão do horário de saída, na entrada mais cedo, aos sábados, com atividades extraclasses, etc.

O mês de janeiro poderá ser utilizado por aqueles que não conseguirem fechar o conteúdo até dezembro. Se ainda não apresentou, apresente seu replanejamento à direção e não aceite terrorismo. Se a direção agir de forma autoritária procure urgente a direção do SEPE que denunciaremos aos órgãos competentes. Há direções de escolas, por exemplo, que estão se recusando a abrir a escola nos sábados. Elas não podem fazer isso! Já denunciamos à SEEDUC.

O que algumas Metropolitanas e diretoras precisam entender é que reposição não é castigo para grevista. Reposição é compromisso nosso com a comunidade escolar. Compromisso de quem luta verdadeiramente por uma escola pública de qualidade, com compromisso e ação, e não apenas retórica.




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Salários e melhores condições fizeram professores de todo país parar em 2013

Da Rede Brasil Atual

Todos os estados do país tiveram greves e paralisações de professores em suas redes estaduais no ano de 2013, reivindicando aumento de salários, melhores condições de trabalho e aprimoramento dos planos de carreira, segundo dados da Rede Vozes da Educação e do Observatório da Educação, divulgados nesta semana, a partir de consulta a 27 sindicatos estaduais e da imprensa entre janeiro a outubro de 2013.

Além das paralisações localizadas, 22 estados aderiram à greve nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) nos dias 23, 24 e 25 de abril, durante a Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública. São eles Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

“Foi um ano positivo dentro dos limites colocados para a gente. O salário e o plano de carreira são os dois grandes motes da negociação e temos todo um processo de mobilização que não conseguiu avançar, mas que manteve o piso e a carreira sem nenhuma redução”, disse o secretário de assuntos educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo. “A mobilização foi mais de resistência e de impedir que a gente perdesse.”

A próxima mobilização da categoria, organizada pela entidade, será em 4 de dezembro, em Brasília. “Ano que vem é uma ano eleitoral e fica mais difícil nas redes estaduais porque só temos até abril para negociar. Depois disso a lei eleitoral impede. Porém, geralmente são anos que os estados abrem um pouco mais. Não chega no que a gente quer, mas historicamente conseguimos reajustes de dois dígitos.”

Municípios

Além das greves nas redes estaduais, o levantamento apontou que os professores paralisaram as atividades também em 118 municípios de 12 estados. O caso de maior repercussão, devido à violência na repressão ao movimento, foi no Rio de Janeiro, onde a categoria paralisou as atividades por 77 dias.

A greve teve início em 8 de agosto, reivindicando um plano de carreira com melhorias reais na progressão de cargos e salários, sem achatamentos ou distorções e a não aprovação da proposta de aumento salarial feita pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB), que contemplava apenas os profissionais em regime de 40 horas semanais.

Durante a mobilização, os professores chegaram a ocupar a Câmara Municipal do Rio de Janeiro para tentar impedir a aprovação do plano proposto pela Prefeitura. Os manifestantes foram retirados à força pela Política Militar após a Câmara conseguir na Justiça um mandado de reintegração de posse.

Pelo menos 20 professores ficaram feriados. A truculência da ação revoltou a população da cidade e gerou uma série de protestos e manifestações. A Câmara Municipal aprovou o projeto da prefeitura. O Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe) do Rio de Janeiro, no entanto, conseguiu garantir reajuste de 8% para a categoria, em um acordo com o poder público municipal, no Supremo Tribunal Federal.

Ver íntegra em:



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Dívida brasileira e o paradoxo da desigualdade. Entrevista com Maria Lúcia Fattorelli

 Segunda, 25 de novembro de 2013

"A dívida brasileira alcançou R$ 3,6 trilhões ou 82% do PIB”, diz a auditora fiscal.

O endividamento público de vários países gerou o que Maria Lúcia Fattorelli denomina de "sistema da dívida”, ou seja, a "utilização do endividamento público às avessas; em vez de servir para aportar recursos ao Estado, o processo de endividamento tem sido um instrumento de contínua e crescente subtração de recursos públicos, que são direcionados principalmente ao setor financeiro privado”. Segundo ela, a dívida pública é, atualmente, "um dos principais alimentos do capitalismo, especialmente na atual fase de financeirização global, e favorece a concentração de renda no setor financeiro, aumentando ainda mais o seu poder”. E dispara: "O Sistema da Dívida opera de modo similar nos diversos continentes, fundamentado no enorme poder do setor financeiro, em âmbito mundial, o que lhe possibilita exercer seu controle sobre as estruturas legais, políticas, econômicas e de comunicação de países, gerando diversos mecanismos que viabilizam esse esquema”.

Na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line por e-mail, a auditora fiscal também comenta a dívida dos estados brasileiros, a qual foi gerada de "forma espúria” e "passou a crescer em escala exponencial devido à extorsiva remuneração nominal cobrada pelo governo federal, correspondente à incidência de atualização monetária mensal automática calculada com base na variação do IGP-DI, cumulativa com a incidência de juros de 6 a 9% ao ano”.

De acordo com ela, a remuneração nominal tem sido abusiva e levado os estados a contraírem junto ao Banco Mundial e bancos privados. "Uma verdadeira aberração e ofensa ao Federalismo, além do risco de transferir a crise financeira para o interior do país. Isso porque tais bancos internacionais exigem, entre outras condicionalidades, a transformação do sistema previdenciário estadual para a modalidade de fundos de pensão de natureza privada, que investem fortemente em derivativos – papéis podres que provocaram a crise financeira nos Estados Unidos e na Europa”, esclarece.

Maria Lúcia Fattorelli ainda chama a atenção para as implicações sociais da dívida pública dos Estados. "O custo da dívida pública é transferido diretamente para a sociedade, em particular para os mais pobres, tanto por meio do pagamento de elevados tributos incidentes sobre tudo o que consomem, quanto pela ausência ou insuficiência de serviços públicos a que têm direito - saúde, educação, assistência social, previdência - e, ainda, entregando patrimônio público mediante as privatizações e a exploração ilimitada de riquezas naturais, com irreparáveis danos ambientais, ecológicos e sociais. O custo social é imenso”. Segundo ela, a dívida externa brasileira explica o "paradoxo inaceitável que existe em nosso país: sétima economia mundial e um dos países mais injustos do mundo, desrespeitando direitos humanos fundamentais, como denuncia a inaceitável classificação em 85º lugar segundo o IDH medido pela ONU”.

Maria Lúcia Fattorelli é auditora fiscal e coordenadora da organização brasileira Auditoria Cidadã da Dívida. Foi membro da Comissão de Auditoria Integral da Dívida Pública – CAIC no Equador em 2007-2008. Participou ativamente nos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a dívida realizada no Brasil. É autora de Auditoria Da Dívida Externa. Questão De Soberania (Contraponto Editora, 2003).


Confira a entrevista na íntegra em: http://www.adital.com.br/?n=cn9x


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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

25 de novembro – Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher

Da redação

Um dos grandes dramas do nosso tempo. Foi assim que a Organização das Nações Unidas (ONU) classificou ontem (24) a violência que ainda afeta mulheres e meninas em todo o planeta. A reflexão marca nesta segunda-feira, 25 de novembro, o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher e também o início, no mundo, da campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que segue até o dia 10 de dezembro, quando se comemoram os 65 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. No Brasil, porém, a campanha já está nas ruas desde o último dia 20, Dia da Consciência Negra, com o objetivo de combater essa dupla discriminação: racial e de gênero.

Nesta semana, a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados e a Procuradoria da Mulher do Senado Federal realizam uma série de atividades para conscientizar a população sobre os tipos de violência de gênero previstos na Lei Maria da Penha, que pune os agressores de mulheres. Os eventos contam com o apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, da Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal e da ONU Mulheres. Entre as atividades previstas, está um ato marcado para amanhã (26), no Hall da Taquigrafia da Câmara.

Representante de uma categoria formada, em sua imensa maioria, por mulheres, a Contee tem entre suas bandeiras a defesa de uma educação não sexista, lutando pela igualdade de gênero, pela emancipação da mulher e pelo combate a todo e qualquer tipo de violência.

Fonte:



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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Rio de Janeiro sedia o Fórum Mundial de Ciência 2013

Entre os dias 24 e 27 de novembro de 2013, a cidade do Rio de Janeiro sediará a 6ª edição do Fórum Mundial de Ciência (WSF), que terá como tema central “Ciência para o Desenvolvimento Sustentável Global”. O evento será no  Hotel Windsor Atlântica. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) é uma das coordenadoras do evento. Confira os palestrantes e a programação no site www.sciforum.hu .

Nesse contexto, com o objetivo de promover, em nível nacional, uma ampla discussão a respeito do tema, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a SBPC e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e as instituições do sistema nacional de CT&I, organizarão, nos dias 21 e 22 de novembro, o Seminário Brasil - Ciência, Desenvolvimento e Sustentabilidade, também no Rio de Janeiro.

Na ocasião, será apresentada uma síntese dos principais resultados dos sete encontros preparatórios ao Fórum Mundial de Ciência 2013, que foram realizados ao longo de 2012 e 2013 em todo o território nacional, bem como uma Declaração da América Latina e Caribe para o WSF 2013, que lança as bases de um plano estratégico regional para a resolução de problemas comuns para as próximas décadas.

O seminário contará com a participação de cientistas estrangeiros e brasileiros, jovens pesquisadores, empresários e autoridades do setor, com transmissão ao vivo. O evento acontecerá na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no campus Francisco Negrão de Lima - Capela Ecumênica. Conheça a programação.



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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

‘Colapso de Eike Batista é ensaio do que virá com a manutenção das Parcerias Público-Privadas’. Entrevista com Marcos Pedlowski

Terça, 19 de novembro de 2013

"Se analisarmos o que aconteceu não apenas com Eike Batista, mas com outros "campeões nacionais” escolhidos pelo governo Lula para mostrarem internacionalmente uma versão de capitalismo moderno à brasileira, veremos que os resultados foram pífios e causaram graves prejuízos ao tesouro nacional”, constata o geógrafo.


O anunciado fracasso das empresas do empresário Eike Batista é um "somatório de coisas que acabaram criando uma sinergia negativa para o Grupo EBX”, diz Marcos Pedlowski à IHU On-Line.

Na avaliação do pesquisador, que acompanha de perto os empreendimentos no Porto do Açu, no Rio de Janeiro, "os impactos reais ainda estão para ser mensurados, visto a velocidade da crise que consumiu a fortuna de Eike Batista. Mas, se olharmos de perto todos os projetos nos quais ele se envolveu nos últimos cinco anos, não há nenhum que tenha chegado à fase operacional, o que indica que todos foram negativamente afetados. Dois exemplos disso são os portos Sudeste e do Açu, os quais ainda não estão em operação e continuam tendo seus prazos de conclusão estendidos, mesmo após a sua venda para corporações multinacionais”.

Segundo Pedlowski, o governo brasileiro também é responsável pelos impactos negativos gerados pela derrocada do empresário, ao ter dado "carta branca a Eike Batista, o que o revestiu de certa aura de infalibilidade”.

Na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line, Pedlowski informa que, apesar de os empreendimentos em São João da Barra, RJ, possivelmente não saírem do papel, a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro - CODIN ainda quer desapropriar mais terras de famílias que moram na região. "O mais grave disso tudo é que toda essa terra vai passar para o controle de uma corporação estadunidense, o que implicará a criação de um enclave estrangeiro numa área onde até 2009 viviam pescadores artesanais e agricultores familiares”, denuncia. E dispara: "Só esse fato nos obriga a cobrar a anulação dos decretos de desapropriação, visto que não há qualquer interesse público que justifique este tipo de coisa”.

Marcos Pedlowski é graduado e mestre em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e doutor em Planejamento pela Virginia Polytechnic Institute and State Unversity. Leciona no Laboratório de Estudos do Espaço Antrópico do Centro de Ciências do Homem da Universidade Estadual do Norte Fluminense.
  
Confira a entrevista na íntegra em: http://www.adital.com.br/?n=cn76



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Conversando com versos (31): "Quando ‘I Gran Lume appar nell’ Oriente", de Vittoria Colonna (1490-1547)

 



"Quando ‘I Gran Lume appar nell’ Oriente"


Quando o Grão Lume surge do Oriente
e o negro manto desta noite afasta,
 quando na terra o gelo se desgasta,
dissolvido ao calor de um raio ardente,

  a minha dor, que o sono suavemente
anestesiara, acorda mais nefasta.
E, quando aos outros o prazer se gasta,
é que revive o meu, mais docemente.

Assim me impele uma inimiga sorte:
procuro a escuridão, fugindo à luz,
odeio a vida, desejando a morte.

O que ensombra outro olhar no meu reluz.
Se fecho os olhos, abre-se, num corte,
a dor profunda que a meu sol conduz.



Tradução de Delson Tarlé


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