segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Sepe Rio das Ostras e Casimiro de Abreu: Boas Festas e Feliz Ano Novo



Diretoria do Sepe Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu

Sepe - Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu
End.: Alameda Casimiro de Abreu, 292 – 3º and. Sl. 8 – Centro – Rio das Ostras
Tel.: (22) 2764-7730
Horário de Funcionamento: Segunda, Quarta e Sexta das 09h às 13h; Terça e Quinta das 13h às 17h.
E-mail: sepe.riodasostrasecasimiro@gmail.com
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Conversando com versos (38): "Árvore de Natal", de Raul de Leoni (1895-1926)



"Árvore de Natal"


Tarde! Estou muito triste, triste, assim
De uma tristeza imóvel e vazia...
E uma ronda de crianças esfuzia
Na aquarela chinesa do jardim...

Aos poucos a farândola leviana
Chega-se a mim, cerca-me ousadamente:
Inquietas larvazinhas de alma humana,
Misteriosos destinos em semente,
Vêm parar a meus pés depois – meigas violetas,
Sob a sombra de uma árvore doente.

Não tenho nada para dar-lhes, sou
Como um pinheiro contemplativo,
Cujos ramos dolentes não têm frutos
Que há muito um vento cruel os arrancou...

Mas elas pedem qualquer cousa e eu me comovo.
Eu tenho tanta pena das crianças!
Elas são todo o mundo a começar de novo
Para as mesmas incertas caminhadas,
Para o mistério das encruzilhadas;
São toda a Humanidade que renasce,
Ingênua, simples e maravilhada,
Como a primeira vez que apareceu.

E, então (isso é dos santos e dos sábios)
Penduro na tristeza dos meus lábios
Cousas alegres que não são minhas;
Fábulas mansas, contos de fadas,
Histórias de anjos e rainhas
E uma porção de cousas encantadas,
Que vou distribuindo pelo bando...

 E à tarde que se vai lentamente apagando,
Na aquarela chinesa do jardim,
Semeando alegrias e esperanças –
Minha tristeza é assim uma piedosa e linda
Árvore de Natal entre as crianças...



Diretoria do Sepe Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu

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Projeto Sepe vai à escola (30): C.E. Barra de São João e C.E. Santa Maria, em Casimiro de Abreu


Nesta sexta-feira, dia 20 de dezembro, o Sepe Rio das Ostras e Casimiro de Abreu esteve presente em escolas, como de praxe, desta vez no distrito de Barra de São João, em Casimiro de Abreu.


Neste final de ano as escolas têm concluído seus trabalhos com reposição de aulas, conforme deliberações de assembleias.


Algumas escolas apresentaram dificuldades na organização desta reposição, pois não fizeram a discussão envolvendo toda a comunidade escola. Outras, ao contrário, realizaram a contento a reposição dos conteúdos.


O Núcleo acompanhou mais de perto alguns casos, quando foi solicitada a presença do Sindicato. No próximo mês de janeiro, período reservado às férias, o Núcleo manterá um esquema de plantão para atender eventuais problemas nas escolas.


Só a luta transforma a vida!


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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Sepe/RJ realiza assembleia estatutária para organizar Congresso Estadual. Núcleo presente

 

No dia 7 de dezembro, sábado, o Sepe/RJ realizou assembleia estatutária no auditório do ISERJ, Tijuca, para aprovar o Regimento Interno do 14º Congresso Estadual da entidade.


Participaram representantes de vários Núcleos do interior e Regionais da capital para avaliarem e deliberarem sobre as propostas que foram apresentadas para organizar o evento previsto para os dias 26, 27, 28 e 29 de março de 2014. O Núcleo de Rio das Ostras e Casimiro de Abreu esteve presente.


Os debates se deram a partir do Regimento Interno do último Congresso distribuído entre os presentes para destacarem os pontos para alteração.


Foi aprovada uma Comissão Organizadora da qual farão parte representantes da Diretoria do Sepe/RJ e da base dos profissionais da educação.


Mais informações sobre as propostas aprovadas na Assembleia Estatutária podem ser verificadas na postagem do dia 13/12/13 deste Blog.


Conclamamos os profissionais da educação filiados ao Sindicato que se mobilizem em suas escolas para serem eleitos como delegados ao Congresso.

Só a luta transforma a vida!


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Sepe Central entra em recesso

Informamos que o Sepe Central entra em recesso a partir dessa sexta-feira, dia 20/12, reabrindo no dia 06/01.

A direção do sindicato deseja a todos os profissionais de educação e a todos aqueles que nos apoiaram durante este ano um Feliz Natal e um próspero Ano Novo.




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Reposição nas redes estadual e municipal do Rio: Sepe orienta profissoinais que já cumpriram seu planejamento de reposição a não trabalharem em janeiro

Com relação às diversas denúncias de profissionais das redes estadual e municipal do Rio sobre as pressões que algumas direções de escolas estão fazendo para que a categoria - mesmo que já tenha completado o seu cronograma de reposição de conteúdos - trabalhe nas unidades durante o mês de janeiro, o Sepe orienta que os profissionais não podem ser obrigados a trabalhar, caso já tenham cumprido o seu cronograma de reposição.

Caso alguma direção continue a pressão para que estes profissionais trabalhem fora de sala de aula - já que cumpriram seu planejamento de reposição de conteúdos - a orientação do sindicato é a de que entrem em contato com o Sepe Central (tel. 2195-0450) ou com os núcleos e regionais (veja emails e telefones no site www.seperj.org.br) e denunciem as pressões para que possamos encaminhá-las para as secretarias estadual e municipal do Rio.



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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Sepe/RJ convoca para assembleia unificada em 15 de fevereiro, no ISERJ, Tijuca



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Conselho Municipal de Educação de Rio das Ostras toma posse em 18 de dezembro. Sepe presente.


Nesta quarta-feira, 18 de dezembro, tomou posse o novo Conselho Municipal de Educação (CME) de Rio das Ostras para gestão no biênio 2014/2015.


Desta vez, o Sepe Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu terá dupla representação com direito a titularidade e a suplência. Na gestão anterior (2012/2013), o Sepe dividiu com o Sinpro Macaé e Região a representatividade do segmento dos sindicatos dos profissionais da educação.


A mesa coordenadora da solenidade foi constituída pela professora Andréa Machado, Secretária de Educação, professora Dalva Fragoso, Subsecretária de Educação, e professora Rosikel Maia, vice-presidente do Conselho Municipal de Educação de Rio das Ostras.


Na ocasião, os representantes do governo expressaram os desafios da educação na atual gestão municipal e a importância do papel que o Conselho Municipal de Educação terá no próximo período.


Os novos representantes dos profissionais da rede municipal são os professores Rosaldo Bezerra Peixoto (titular) e Rosilene do Carmo Macedo Conceição (suplente), ambos diretores do Sepe Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu.


Na gestão que findou, o representante do Sepe participou com assiduidade às diversas sessões ordinárias e extraordinárias do CME/RO, apresentando propostas do interesse dos profissionais da educação.


O representante sindical também atuou fazendo contraponto às propostas do governo, quando estas eram contrárias às deliberações da categoria em seus fóruns como, por exemplo, o caráter meritocrático do atual PCCV da Educação, que ora está sendo revisado. Outra contribuição do Sepe foi a apresentação de propostas para atualização do Regimento Interno do CME/RO, visando maior participação dos educadores, entre outros pontos.


A primeira reunião do novo Conselho de Educação está prevista para fevereiro do próximo ano.


Só a luta transforma a vida!


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O que é, como e para que ser de esquerda (3)

 


Por Flávio Aguiar

A pedra fundamental do ser de esquerda, seu como e seu para que, é a valorização republicana da cidadania, da ação coletiva, do espaço público, e da governança do Estado e de seu papel

Quando os regimes comunistas da União Soviética e seus satélites se dissolveram, ao invés do tão longamente esperado “homo sovieticus”, emergiram naquele espaço desconstruído algumas das piores máfias do planeta, oligarcas desabusados que apenas o neo-czarismo autoritário de Vladimir Putin pode enfrentar, um catolicismo ou  uma ortodoxia bizantina rançosos e carolas, políticos e políticas entusiasticamente neoliberais ou de extrema-direita... Enfim a lista de dsarrazoados é enorme, mostrando o quanto os regimes comunistas daquela região não conseguiram construir a democracia socialmente avançada que o capitalismo triunfante não só negou historicamente, mas passou a negar ainda com mais veemência nos primeiros anos da orgia neoliberal.

Sintetizando, pode-se considerar que as repúblicas socialistas tinham muito pouco, ou quase nada, de republicanas, o que roeu pela base a sustentação das políticas sociais que conseguiram promover, e turvaram a visão das suas grandes conquistas históricas, como a derrota do nazi-fascismo e a ajuda à sustentação de lutas de libertação no mundo, no Sudeste Asiático, na África e até na América Latina. Uma expressão dramática desta falta de “espírito republicano” foi a tragédia do Muro de Berlim, que, se cercava o lado Ocidental, deixava desde sempre a impressão de que os prisioneiros do cerco estavam do outro lado, o Oriental.

Por aí pode ter-se juma primeira medida de que hoje – estamos falando neste aqui e agora do século XXI em seu começo – a pedra fundamental do ser de esquerda – seu “como” e seu “para que” é a valorização republicana da cidadania, da ação coletiva, do espaço público, e da governança do Estado e de seu papel, tudo aquilo que a ideologia à solta do império dos mercados, embalada por sua vitória sobre o comunismo soviético, continua e vai continuar negando, pisoteando a cidadania, o espírito de coletividade, manietando o espaço público e buscando a privatização completa da governança do Estado, fazendo-a administradora de privilégios ao invés de garantidora de direitos.

Isto implica a valorização da democracia como um valor permanente, em todas as suas dimensões, sem perder de vista nenhuma em detrimento de outra: a dimensão direta, nas ruas e manifestações, a participativa, como no prática orçamentária que leva este nome, mas também no fortalecimento do espírito associativo, e a representativa, combatendo o descrédito com que a direita quer recobrir sempre este espaço. Isto implica a luta pelo papel regulador do Estado, em detrimento das ideias de um mercado “autorregulável”, e ao mesmo tempo a luta pela maior transparência deste mesmo Estado, e pela reversão das práticas abusivas de administração de privilégios que faz parte de seu legado histórico.

É complicado, mas este “ethos” de esquerda implica a afirmação de uma visão totalizante dos seres humanos, desconstruindo os preconceitos sexuais, religiosos, sociais, racistas, nacionais, regionais, continentais, culturais que pretendem “naturalizar” a afirmação da desigualdade e informar as políticas discriminatórias de minorias, mas também de maiorias, como hoje, por exemplo, acontece seguidamente nesta Europa de naufrágio da social-democracia, onde ao lado das políticas de discriminação preconizadas pelas extremas-direitas em vários países viceja o claro tempo pela democracia que a imposição das “políticas de austeridade” exige para sua implementação e afirmação hegemônica.

O mais complicado de tudo isto ainda é que isto exige uma contínua alimentação mútua entre análise e praxis no espaço concreto onde a inserção das múltiplas esquerdas se dá. De nada adianta, ou melhor, adianta muito pouco afirmar-se uma concepção que abstratamente prescinda, por exemplo, dos Estados nacionais, se a garantia dos direitos individuais e coletivos da cidadania se dá através do jogo dentro e entre estes mesmos Estados.
O internacionalismo que as esquerdas de modo justo preconizam não pode ser visto como uma constelação abstrata que, das alturas, quase astrologicamente, governe os passos dos povos do mundo. Este internacionalismo passa por uma construção concreta, diária e solidária, entre povos que têm uma história concreta, de choques e desigualdades, heranças de violências muitas vêzes mútuas, insufladas de fora ou de dentro, que precisam ser neutralizadas para que se avance a ideia de um compromisso entre iguais que rompa o círculo vicioso do emprego da força.

Todo este conjunto de ideias não esgota o tema sobre o que é, como e para que ser de esquerda. Espero que contribua para o prosseguimento da discussão. A boa discussão, penso eu, é aquela que levanta mais perguntas que estimulem a sua continuidade do que respostas definitivas que procurem fechar o caminho. Isto não deve barrar a ação, que deve ser continua. Mas deve situar a compreensão de que perguntar continuamente também faz parte das ações de esquerda.



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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Os aviões não pilotados: a violacão mais covarde dos direitos humanos

 


Por Leonardo Boff

Vivemos num mundo no qual os direitos humanos são  violados, praticamente em todos os níveis, familiar, local, nacional e planetário. O Relatório Anual da Anistia Internacional de 2013 com referência a 2012 cobrindo 159 países faz exatamente esta dolorosa constatação. Ao invés de avançarmos no respeito à dignidade humana e aos direitos das pessoas, dos povos e dos ecossistemas estamos regredindo a níveis de barbárie. As violações não conhececem fronteiras e as formas desta agressão se sofisticam cada vez mais.

A forma mais convarde é  a ação dos “drones”, aviões não pilotados que a partir de alguma base do Texas, dirigidos por um jovem militar diante de uma telinha de televisão, como se estivesse jogando, consegue identificar um  grupo de afegãos  celebrando um casamento e dentro do qual, presumivelmente deverá haver algum guerrilheiro da Al Qaeda. Basta esta suposição para com um pequeno clique lançar uma bomba que aniquila  todo o grupo, com muitas mães e crianças inocentes.

É a forma perversa da guerra preventiva, inaugurada por Bush e criminosamente levada avante pelo Presidente Obama que não cumpriu as promessas de campanha com referência aos direitos humanos, seja ao fechamento de Guantânamo, seja à supressão do “Ato Patriótico”(antipatriótico) pelo qual qualquer pessoa dentro dos USA pode ser detida por suspeita de terrorismo, sem necessidade de avisar a família. Isso significa sequestro ilegal que nós na América Latina conhecemos de sobejo. Verifica-se em termos econômicos e também de direitos humanos uma verdadeira latinoamericanização dos USA no estilo dos nossos piores momentos da época  de chumbo das ditaduras militares. Hoje, consoante o Relatório da Anistia Internacional, o país que mais viola direitos de pessoas e de povos são os Estados Unidos.

Com a maior indiferença, qual imperador romano absoluto, Obama nega-se a dar qualquer justificativa suficiente sobre a espionagem mundial que seu Governo faz a pretexto da segurança nacional, cobrindo áreas que vão de trocas de e-mails amorosos entre dois apaixonados até dos negócios sigilosos e bilionários da Petrobrás, violando o direito à privacidade das pessoas e à soberania de todo um país. A segurança anula a validade dos direitos irrenunciáveis.

O Continente que mais violações sofre, é a África. É o Continente esquecido e vandalizado. Terras são compradas (land grabbing) por grandes coroporações e pela China para nelas produzirem alimentos para suas populações. É uma neocolonização mais perversa que a anterior.

Os milhares e milhares de refugiados e imigrantes por razões de fome e de erosão de suas terras são os mais vulneráveis. Constituem uma sub-classe de pessoas, rejeitadas por quase todos os países, “numa globalização da insensibilidade” como a chamou o Papa Francisco. Dramática, diz o Relatório da Anistia Internacional, é a situação das mulheres. Constituem mais da metade da humanidade, muitísssimas delas sujeitas a violências de todo tipo e em várias partes da Africa e da Ásia ainda obrigadas à mutilação genital.

A situação de nosso pais é preocupante dado o nível de violência que campeia em todas as partes. Diria, não há violência: estamos montados sobre estruturas de violência sistêmica que pesa sobre mais da metade da população afrodescendente, sobre os indígenas que lutam por preservar suas terras contra a voracidade impune do agronegócio, sobre os pobres em geral e sobre os LGBT, discriminados e até mortos. Porque nunca fizemos uma reforma agrária, nem política, nem tributária assistimos nossas cidades se cercarem de centenas e centenas de “comunidades pobres”(favelas) onde os direitos à saúde, educação, à infra-estrutura e à segurança são deficitariamente garantidos. A desigualdade, outro nome para a injustiça social, provoca as principais violações.

O fundamento último do cultivo dos direitos humanos reside na dignidade de cada pessoa humana e no respeito que lhe é devido. Dignidade significa que ela é  portadora de espírito e de liberdade que lhe permite moldar sua própria vida. O respeito é o reconhecimento de que cada ser humano possui um valor intrínseco, é um fim em si mesmo e jamais meio para qualquer outra coisa. Diante de cada ser humano, por anônimo que seja, todo poder encontra o seu limite, também o Estado.

O fato é  que vivemos num tipo de sociedade mundial que colocou a economia como seu eixo estruturador. A razão é só utilitarista e tudo, até a pessoa humana, como o denuncia o Papa Francisco é feita “um bem de consumo que uma vez usado pode ser jogado fora”. Numa sociedade assim não há lugar para direitos, apenas para interesses. Até o direito sagrado à comida e à bebida só é garantido para quem puder pagar. Caso contrário, estará ao pé da mesa, junto aos cães esperando alguma migalha que caia da mesa farta dos epulões.

Neste sistema econômico, político e comercial se assentam as causas principais, não exclusivas, que levam permanentemente à violação da dignidade humana. O sistema vigente não ama as pessoas, apenas sua capacidade de produzir e de consumir. De resto, são apenas resto, óleo gasto na produção.

A tarefa além de humanitária e ética é principalmente política: como  transformar este tipo de sociedade malvada numa sociedade onde os humanos possam se tratar humanamente e gozar de direitos básicos. Caso contrário a violência é a norma e a civilização se degrada em barbárie.

Fonte:


Diretoria do Sepe Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu


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